quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

... and somehow, everything remains the same.


''  Estou a pensar em ti. Cada passo de distância, por mero contratempo, atormenta e angustia... mas nada muda. Permaneces aqui. 
   E como te quero! A ansiedade que despertas em mim, a inquietude da alma, a leveza do simples desejo que se sobrepõe a tudo o resto. Um sentir que delével em comparação ao sentimento, marcou-te no meu corpo. 
   Tantas vezes tive medo, tantas dúvidas que tive... mas o medo e a dúvida surgem da emoção que me consome e que já não quero controlar. É a confissão de um sentimento que cresceu, de uma química que me tira o fôlego. Tornaste-te um vício e provar-te é a iguaria do prazer.
   Toca-me a saudade, falta-me o teu sabor, sobram-me todas as memórias e o tempo. Interminável tempo que supera a espera, no instante em que estiveres aqui. Interminável tempo que pára, quando prendes o teu corpo no meu.
   A intensidade de cada momento, essa quero-a escrita nos nossos corpos, estigmatizada nas paredes, despida nas roupas, quero-a na violência dos beijos, na intelecção das conversas, na percepção dos sorrisos, quero-a acusada nos olhares.
   Tens-me aqui. Não de forma distorcida e egoísta, não de forma fútil e efémera. Tens-me porque és parte de mim. 
   Escrevo somente uma página, não sentencio as minhas emoções a termos vulgares. O que sinto por ti jamais caberá em palavras. ''

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